A hiperidrose axilar em adolescentes é uma condição caracterizada pela produção excessiva de suor nas axilas, que pode ocorrer mesmo em situações de repouso ou ausência de estímulos como calor ou atividade física.
Em adolescentes, essa condição traz desafios tanto do ponto de vista físico quanto emocional, considerando que esse período é marcado por intensas mudanças corporais e sociais.
O que é hiperidrose axilar?
A hiperidrose primária, que é a forma mais comum, ocorre devido a uma hiperatividade das glândulas sudoríparas, sem relação direta com outras doenças. Já a secundária é causada por condições subjacentes, como distúrbios hormonais, infecções ou uso de medicamentos.
A forma primária geralmente começa na infância ou adolescência, sendo a axila uma das áreas mais afetadas. Os fatores que levam à hiperidrose primária ainda não são completamente compreendidos, mas acredita-se que haja uma relação genética, pois é comum encontrar históricos familiares da condição.
Impactos da hiperidrose axilar em adolescentes
A hiperidrose pode interferir em atividades diárias simples, como o uso de roupas ou a prática de esportes. Além disso, gera desconforto em situações sociais, prejudicando a autoconfiança e aumentando a vulnerabilidade a problemas emocionais, como ansiedade. No contexto escolar, por exemplo, no qual interações interpessoais são frequentes, os adolescentes podem sentir-se inseguros devido ao suor visível ou ao odor associado.
Diagnóstico da hiperidrose
O diagnóstico é clínico e baseia-se na análise do histórico do paciente e nos sintomas apresentados. A investigação considera a frequência do suor excessivo, sua localização e a interferência na rotina do adolescente.
Em casos mais complexos, exames complementares podem ser realizados para descartar causas secundárias, como distúrbios hormonais.
Por que a hiperidrose começa a aparecer na adolescência?
Como dito anteriormente, a hiperidrose, especialmente a forma primária, frequentemente tem início durante a infância ou adolescência. Este período da vida é marcado por mudanças no organismo, tanto hormonais quanto estruturais, que influenciam o funcionamento das glândulas sudoríparas e pode desencadear o aparecimento da condição.
Ativação das glândulas sudoríparas
Durante a puberdade, ocorre a ativação plena das glândulas sudoríparas écrinas, responsáveis pela regulação térmica do corpo por meio da produção de suor. As mesmas estão distribuídas por todo o corpo, mas são particularmente concentradas em áreas como as axilas, palmas das mãos, plantas dos pés e testa.
Embora todos passem por essa ativação, em indivíduos predispostos, as glândulas sudoríparas podem se tornar hiperativas, produzindo mais suor do que o necessário para manter a temperatura corporal. Essa hiperatividade é a principal característica da hiperidrose primária.
Alterações hormonais
A adolescência é marcada por um aumento na produção de hormônios, como os esteroides sexuais, responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias.
Embora a hiperidrose primária não esteja diretamente associada a desequilíbrios hormonais, as mudanças relacionadas aos hormônios influenciam o sistema nervoso autônomo, que controla as glândulas sudoríparas. Este é responsável por regular automaticamente funções corporais, como a frequência cardíaca e a sudorese.
Quando há predisposição genética para hiperidrose, esses estímulos nervosos podem ser exagerados, resultando em produção excessiva de suor.
Tratamento disponível para hiperidrose axilar
A aplicação de toxina botulínica é uma opção segura e reconhecida para o tratamento da hiperidrose. O procedimento consiste em aplicar pequenas doses da substância diretamente na pele, na área onde ocorre a produção excessiva de suor.
Como a toxina botulínica funciona?
A toxina botulínica bloqueia temporariamente a ação dos nervos que estimulam as glândulas sudoríparas. Quando os sinais nervosos são interrompidos, elas reduzem a produção de suor, controlando os sintomas da hiperidrose. O efeito é localizado, afetando apenas as áreas tratadas, sem interferir na função glandular em outras regiões do corpo.
Resultados esperados
Os efeitos começam a ser notados após alguns dias da aplicação, com a redução significativa do suor em até duas semanas. A duração do resultado varia entre 6 e 12 meses, dependendo das características do paciente e da resposta ao tratamento. Ao final desse período, pode ser necessário repetir o procedimento para manter o controle da hiperidrose.
Vantagens do tratamento
Procedimento rápido: não exige internação e pode ser realizado em consultório;
Redução expressiva do suor: oferece alívio prolongado dos sintomas, melhorando o bem-estar e a funcionalidade do paciente;
Controle localizado: atua diretamente na área tratada, sem efeitos sistêmicos.
Entre em contato com o Dr. Márcio Teixeira e saiba mais sobre as opções de tratamento para hiperidrose axilar.