Saiba como manter as axilas secas com o verão chegando

axilas secas

Com a aproximação do verão, a preocupação com o conforto e bem-estar em dias mais quentes aumenta. Uma das questões que mais afeta o cotidiano nessa época é a necessidade de axilas secas, principalmente para quem possuí transpiração excessiva. O suor, além de incômodo, causa desconforto em situações sociais e profissionais.

Por isso, no post de hoje vamos abordar medidas que reduzem esse problema e garantem uma sensação de frescor durante os dias mais quentes.

Variáveis da termorregulação

O suor é composto principalmente por água e cloreto de sódio, além de conter outras substâncias em quantidades menores. Esse processo é o principal responsável pela regulação da temperatura corporal. Entre os componentes eliminados por meio dele estão ácidos graxos, ureia e amônia. 

Quando o corpo sente um aumento de temperatura, termorreceptores enviam sinais ao sistema nervoso central, que ativa as glândulas sudoríparas. A evaporação do suor na pele contribui para o resfriamento do corpo.

A produção de suor é influenciada por fatores tanto internos quanto externos. Entre os fatores internos, encontram-se a idade, o peso, as alterações hormonais, o estresse, o histórico familiar, certas doenças e medicamentos, além de diferenças relacionadas ao sexo.

Já entre os fatores externos, a temperatura do ambiente tem grande influência, assim como a escolha das roupas e a umidade relativa do ar, que podem impactar tanto a quantidade de suor quanto sua capacidade de resfriar o corpo.

Esse equilíbrio é mantido graças ao funcionamento coordenado de diversos sistemas do corpo, que atuam para garantir que o suor ajude a manter a temperatura adequada.

Quando é alcançado o conforto térmico

O corpo humano tem uma preferência natural por temperaturas ambientes entre 20 e 25 ºC quando está sem roupas. Dentro desse intervalo, ele consegue dissipar o calor gerado pelas atividades fisiológicas e metabólicas de forma eficiente.

Isso garante que a maioria das pessoas se sinta confortável, sem perceber as ações internas que mantêm a temperatura corporal dentro da faixa considerada normal.

Essa temperatura corporal normal, medida na parte central do corpo – conhecida como “core” –, varia entre 36,1 e 37,2 ºC. Dependendo do local da medição, há variações.

Nas axilas, por exemplo, a temperatura costuma ser cerca de 0,5 ºC mais baixa do que no reto, onde a temperatura é medida para fins científicos. Contudo, não chega a atingir 38 ºC, limite que indica estado febril.

Ao longo do dia, a temperatura do corpo sofre variações. Ela tende a ser mais baixa durante a madrugada, enquanto dormimos, e atinge níveis mais altos no final da tarde. Esse equilíbrio pode ser facilmente alterado, sendo o ambiente o principal fator externo que provoca mudanças.

Mesmo sem roupas, o corpo humano é capaz de manter sua temperatura relativamente estável em condições extremas, desde 12,8 ºC até 54,4 ºC em ambientes de ar seco.

Para isso, o sistema de termorregulação é fortemente ativado, e só então passamos a perceber seu funcionamento de maneira mais evidente.

Por que suamos mais no verão

O corpo humano utiliza quatro mecanismos principais para realizar trocas de calor. A convecção ocorre quando há troca de calor entre a derme e o ar em movimento. Já a condução acontece pelo contato direto da pele com superfícies. 

A radiação envolve a emissão ou absorção de energia eletromagnética. E, por último, o suor evapora, um processo que se mostra o mais eficiente em situações de Estresse pelo Calor Compensável (ECC), quando o organismo consegue manter sua temperatura em níveis adequados.

Quando o corpo está no ECC, ele utiliza esses mecanismos para equilibrar a produção e a dissipação de calor, o que mantém a temperatura interna estável e apropriada para a atividade em curso.

No entanto, se um dos mecanismos não funciona adequadamente, ocorre o Estresse pelo Calor Não Compensável (ECNC), no qual a capacidade de resfriamento por evaporação do ambiente é insuficiente em relação à demanda do corpo.

No ECNC, o calor gerado pelo metabolismo não é dissipado de forma eficiente, resultando no aumento progressivo da temperatura interna, condição conhecida como hipertermia.

Mesmo que o indivíduo se exaure ou saia da situação de estresse, a hipertermia pode persistir.

O que é Hiperidrose

Na hiperidrose ocorre um descontrole do sistema nervoso autônomo de algumas áreas do corpo. Este sistema é responsável por várias atividades do nosso organismo pelas quais não temos controle, como batimento cardíaco, respiração, funcionamento intestinal, salivação e transpiração, etc.

Quem sofre de hiperidrose axilar apresenta uma disfunção deste sistema nesta região. Assim, mesmo em situações de temperatura branda, ocorre uma transpiração exagerada na região. Evidentemente , situações de estresse emocional agravam o quadro e retroalimentam o problema. 

A transpiração excessiva também pode ocorrer em outras áreas e é responsável por grande constrangimento social. A boa notícia é que hoje dispomos de um tratamento seguro, prático e rápido para este problema, a Toxina Botulínica.

Tratamento com toxina botulínica para ter axilas secas

A toxina botulínica, conhecida por seu uso em procedimentos estéticos, também pode ser empregada no tratamento da hiperidrose, condição caracterizada pela produção excessiva de suor.

A aplicação da toxina bloqueia temporariamente a liberação de acetilcolina, neurotransmissor responsável pela estimulação das glândulas sudoríparas. Com isso, a produção de suor é significativamente reduzida na região tratada.

O procedimento é minimamente invasivo e envolve a aplicação de pequenas injeções de toxina botulínica nas áreas afetadas, como as axilas, mãos, pés ou rosto.

Cada sessão dura cerca de 30 minutos, e os resultados são observados em aproximadamente 3 a 7 dias após a aplicação, com efeitos que duram de 6 a 12 meses, dependendo do organismo e da gravidade da hiperidrose.

Esse tratamento é indicado para pessoas que não respondem bem a antitranspirantes tópicos ou que buscam uma solução mais duradoura.

Além disso, ele não interfere na termorregulação geral do corpo, já que apenas as áreas tratadas apresentam redução da sudorese, sem comprometer a função das glândulas sudoríparas em outras regiões.

Para quem convive com o desconforto da hiperidrose, o uso da toxina botulínica oferece uma melhora substancial na qualidade de vida.

Para mais informações sobre o tratamento da hiperidrose ou para uma avaliação personalizada, entre em contato com o Dr. Márcio Teixeira e agende uma consulta.