O melasma é uma condição dermatológica caracterizada pelo surgimento de manchas escuras na pele, frequentemente no rosto. O tratamento dessa condição não é único, há diversas opções terapêuticas. A luz pulsada intensa (IPL) pode ser considerada uma delas, no entanto essa modalidade não é a escolha mais adequada. Segundo o Dr. Márcio Teixeira, há métodos muito mais eficazes. Este artigo explica a cautela no uso da luz pulsada para melasma, além de oferecer outras soluções que possuam um resultado melhor.
O que é Melasma?
O melasma é uma condição dermatológica onde manchas hiperpigmentadas aparecem na pele, geralmente em áreas expostas ao sol, como o rosto.
Melanócitos são células localizadas na epiderme que sintetizam e distribuem melanina (o pigmento responsável pela cor da pele). Quando eles “trabalham demais” e produzem melanina de forma excessiva, ocorre o melasma.
Independentemente da etnia, tanto indivíduos de pele clara quanto de pele escura possuem a mesma quantidade de melanócitos.
A diferença reside na atividade dessas células: em pessoas com pele mais escura, os melanócitos produzem mais melanina.
No melasma, os melanócitos são hiperativos, resultando na produção exagerada de melanina e, consequentemente, no surgimento das manchas características.
A condição é influenciada por fatores como exposição solar, alterações hormonais e predisposição genética.
O que é Luz Intensa Pulsada?
A Luz Intensa Pulsada (IPL) é uma tecnologia baseada na emissão de luz policromática de alta intensidade.
Diferente dos lasers, que emitem luz de um único comprimento de onda, a IPL opera com uma faixa de comprimentos de onda, geralmente entre 500 e 1200 nanômetros.
Isso faz com que ela penetre em diferentes profundidades da pele, atingindo múltiplos alvos, como pigmento, vasos sanguíneos e folículos pilosos.
O dispositivo de IPL emite pulsos de luz que são absorvidos pelas estruturas pigmentadas na pele, convertendo a energia luminosa em calor.
Esse processo de fototermólise seletiva pode ser utilizado para tratar uma variedade de condições, como manchas solares, vasos sanguíneos dilatados, e remoção de pelos.
Mas por que Luz Pulsada para Melasma não é recomendado?
Uma das razões principais pela qual luz pulsada para melasma não é recomendado é a sensibilidade dos melanócitos ao calor.
A luz pulsada, ao gerar calor, inflama essas células, causando um efeito rebote. Esse processo inflamatório resulta em uma hiperpigmentação pós-inflamatória, que agrava ainda mais a condição ao invés de tratá-la.
Além disso, o melasma está frequentemente associado a fatores hormonais, sendo comum em situações como gravidez ou uso de anticoncepcionais. A Luz Pulsada para melasma, por sua capacidade de gerar calor e inflamação, pode desencadear ou exacerbar a hiperpigmentação nessas circunstâncias hormonais específicas, o que aumenta os riscos para pacientes nessas condições.
Portanto, considerando a profundidade do pigmento e a sensibilidade ao calor dos melanócitos, a utilização de luz pulsada para melasma é contraproducente e desaconselhada.
Quais são outras opções de tratamento para o Melasma?
Não é porque a Luz Pulsada para melasma não é recomendada que não há outras estratégias terapêuticas que funcionam. Esta condição possui diversas soluções que reduzem a hiperpigmentação e previnem novos episódios de melasma.
A seguir, listamos as opções de tratamento, organizadas em diferentes níveis de intervenção.
1. Clareadores Tópicos e Protetor Solar
Ao invés de utilizar Luz Pulsada para melasma, a primeira linha de tratamento inclui o uso de agentes clareadores tópicos, como hidroquinona, ácido kójico, ácido azelaico e vitamina C.
Esses compostos inibem a produção de melanina e promovem a renovação celular. O uso diário de protetor solar de amplo espectro serve para proteger a pele da radiação ultravioleta, que pode agravar o melasma.
2. Tratamento Oral
Medicamentos orais como antioxidantes, incluindo polypodium leucotomos e ácido tranexâmico, podem ser prescritos para ajudar a reduzir a produção de melanina e melhorar a resposta ao tratamento tópico.
3. Fototerapia Fotodinâmica
A fototerapia fotodinâmica envolve a aplicação de um agente fotossensibilizador na pele, seguido pela exposição a uma fonte de luz.
Este tratamento reduz a hiperpigmentação ao redirecionar as células responsáveis pela produção excessiva de melanina.
4. Peeling Químico
Peelings químicos com ácidos como o ácido glicólico, ácido salicílico e ácido tricloroacético removem as camadas superficiais da pele, o que promove a renovação celular e a redução das manchas escuras.
5. Microagulhamento e Laser
Melhor do que luz pulsada para melasma, o microagulhamento, que utiliza agulhas finas para criar microperfurações na pele, estimula a produção de colágeno e promove a penetração de agentes clareadores.
Lasers fracionados e não-ablativos também são usados para tratar melasma, agindo nas camadas mais profundas da pele sem causar danos superficiais.
6. Microinfusão de Medicamentos na Derme (MMD)
A MMD é uma técnica que envolve a injeção de clareadores e anti-inflamatórios diretamente na pele. Este método permite uma entrega precisa dos medicamentos diretamente aos melanócitos hiperativos.
Cada um desses tratamentos, mesmo sendo melhor do que utilizar luz pulsada para melasma, deve ser cuidadosamente avaliado por um dermatologista, considerando as características individuais do paciente e a gravidade do melasma.
Entre em contato com o dermatologista Dr. Márcio Teixeira para uma avaliação completa e orientação profissional sobre as melhores opções de tratamento para o seu caso de melasma.